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segunda-feira, 24 de abril de 2017

Cuidados com os cabelos

O cabelo é a moldura do rosto. Essa é uma frase clássica.
Mas o cabelo também pode ser um indicativo de que o corpo não vai bem.

Pouca gente sabe que os cuidados necessários para os cabelos consistem simplesmente em lavar, condicionar e fazer a hidratação. Há diversas questões que envolvem a saúde dos fios. Além disso,  a queda, a mudança de cor e textura e o couro cabeludo dão sinais que algo no  corpo pode não estar funcionando bem.

Qualidade dos produtos de beleza

A primeira coisa que deve ser feita é a análise dos produtos que temos em casa. Estão na validade? Deu caspa ou irritação quando usou? No caso de seguir as técnicas Low Poo/No Poo, tem produtos não permitidos?

Jogue fora o que não estiver em condição de uso, passe adiante o que não quiser mais. Adquira produtos para todas as etapas de tratamento (citarei abaixo).

Como sigo a técnica Low Poo/No Poo, fico atenta aos componentes. Na internet há diversas lojas especializadas em produtos liberados para essas técnicas. Gosto bastante de comprar na Dermabox (https://www.dermabox.com.br/) e na Meu Cabelo Natural (https://www.meucabelonatural.com.br/).

Lavar e condicionar

A limpeza dos fios auxilia a mantê-los mais saudáveis. A sujidade, oleosidade e poluição influenciam bastante na saúde dos fios. No entanto, há um tempo de renovação das células do couro cabeludo que deve ser respeitado. Em média, a descamação e renovação do couro ocorre a cada 48 horas. O recomendado é lavar dia sim, dia não.

Uma dica para o shampoo é observar a cor e textura. Shampoos transparentes tendem a ser de limpeza mais profunda, enquanto os shampoos perolados normalmente tem composição mais hidratante. Um cabelo mais seco deve ser lavado com shampoo perolado, enquanto o muito oleoso, limpo com um shampoo transparente.

Ok, Ana, mas sigo o No Poo e não uso shampoo. O que faço?
Simples, continua "lavando" a cada 48h. O condicionador apropriado para Co Wash faz a higienização do couro.

O cabelo lavado com Shampoo deve ser Condicionado para a selagem das cutículas. Há uma diferença no PH dos mesmos e por isso, o condicionador não deve ser esquecido. Se estiver com pressa, lave com condicionador, mas não use apenas o shampoo, ok?

Gosto bastante de fazer co-wash com o yamasterol amarelinho. Descobri que o dourado, de argan, faz maravilhas no meu cabelo.

Creme de Pentear / Leave in

O creme de pentear ou leave in deve ser adequado para o tipo de cabelo ou técnica utilizada. Pode ser utilizado diariamente. Vale ressaltar que alguns produtos tendem a deixar resíduos no cabelo (parafina líquida é um deles) e deixam os fios pesados e gordurosos com o passar dos dias.

Acabo usando o Yamasterol como creme de pentear também. Para ir a praia, também!

Pentear

O cabelo deve ser penteado com uma escova tipo raquete ou pente largo de madeira. De preferência, os cabelos devem ser penteados ainda úmidos, para evitar a quebra dos fios. O pente de madeira evita a estática nos fios, responsável pelo frizz.

Reparador de Pontas

Também de uso diário, o reparador de pontas pode ser utilizado na prevenção das mesmas. Muito útil. Quanto à composição, os fios podem ficar pesados na presença de alguns produtos (silicones e parafina líquida).

Necessidade dos Fios

Conhecer o fio é extremamente necessário para saber o tipo de produto que deve ser usado. Os produtos direcionados auxiliam bastante no resultado final.

Outro fator importante é a necessidade de cuidado dos fios. Deve-se avaliar a porosidade dos mesmos para então definir o tratamento ideal.

O Teste de Porosidade

O cabelo deve estar limpo, sem nenhum tipo de finalizador (reparador de pontas ou creme de pentear), de preferência, seco e introduza-o em um copo com água. Aguarde 7 minutos e avalie a posição do fio em relação ao recipiente.


Para cabelos pouco porosos, isto é, cabelos que boiam no teste de porosidade, o ideal é fazer uma hidratação.

Para cabelos com porosidade normal, isto é, nem boiam nem afundam, permanecendo no meio do recipiente. Ele estará hidratado e com as cutículas na posição ideal. Necessário apenas fazer uma umectação / nutrição.

Para cabelos com alta porosidade, isto é, que absorvem muita água e vão parar no fundo do copo, é necessário reconstruir o fio.

Os tratamentos acima citados devem ser com produtos específicos, que tenham agentes hidratantes na máscara de hidratação, óleos vegetais umectantes, na nutrição e aminoácidos essenciais (queratina) na reconstrução.


Cronograma Capilar

O cronograma capilar é uma rotina de cuidados especiais, que trazem vitalidade aos cabelos. Consiste numa sequência específica (pode personalizar o cronograma também) de aplicação de máscaras de hidratação, nutrição e reconstrução.

Particularmente, eu abandonei o cronograma por um tempo. Preferi fazer o teste de porosidade a cada 48 horas e ver a necessidade real do cabelo. Estou anotando a sequência para montar o meu próprio cronograma. 

Para a aplicação ideal, deve-se lavar/higienizar os cabelos e couro cabeludo, e então aplicar de mecha por mecha, enluvando cuidadosamente, o produto. Utilize uma espátula para retirar a máscara do pote, nunca a sua mão. O uso de touca térmica ajuda a potencializar o tratamento.Após o enxague da máscara, pode-se condicionar os cabelos.

Esfoliação do Couro Cabeludo

Engana-se quem acha que apenas a pele deve ser esfoliada. A adição de açúcar mascavo no condicionador de co-wash ou shampoo neutro é ideal para a esfoliação do couro cabeludo. Esse processo deve ser feito uma vez por semana.

Aplicação de Tônicos e Chás

Os tônicos são coadjuvantes no tratamento, e normalmente estão direcionados à saúde do couro cabeludo, e não necessariamente dos fios. Há tônicos para combater a caspa, auxiliar no crescimento, combater a queda, evitar fungos, etc.

Os tônicos devem ser aplicados e aguardar secagem. Há tempo mínimo de permanência do produto no couro cabeludo. De preferência, devem ser aplicados entre os dias de limpeza/tratamento dos fios, com os cabelos secos, no máximo úmidos.

Os chás podem ser utilizados no couro, como tônico, de acordo com suas propriedades. Os chás de alecrim, arruda, louro, pimenta, alho, cravo, etc. podem ser utilizados no couro. Para os fios, normalmente espera-se algum efeito específico, como os reflexos dourados com a aplicação do chá de camomila nos fios.

Eu utilizo o tônico Rapunzel, da Lola Cosmeticos; utilizei também o tônico de alho. No verão, meu cabelo costuma clarear. Potencializo o efeito durante o resto do ano com o chá de camomila, logo depois do banho, antes de finalizar com creme de pentear e reparador de pontas.

Ingestão de Vitaminas x Crescimento dos Cabelos (e unhas!)

Normalmente, uso diário, conforme indicação médica (consulte um dermatologista). As marcas mais famosas são: Pillfood , Pantogar e Imecap Hair. O dermatologista pode também receitar uma fórmula para manipulação.

Touca (Nero), Bobes, Baby Liss, Secador e Chapinha

Os procedimentos para "domar" os cabelos devem ser utilizados com moderação, até mesmo os que não envolvem calor, como os bobes. O estiramento dos fios pode provocar o rompimento dos fios.
Cuidado ao utilizar esses artifícios para modelagem dos fios.

Dormir

Dormir pode ressecar e muito os cabelos, provocando a formação de nós de fada e frizz. O ideal é reduzir o atrito entre os cabelos e a fronha. O uso de uma fronha de cetim ou touca de cetim ao dormir resolve bastante o problema.

Tantas coisas aconteceram...

Andei um pouco sumida, mas não foi por vergonha, recaída ou qualquer coisa assim. Andei ocupada, trabalhando feito uma louca, fazendo cursos e me decidindo o que fazer daqui pra frente. Tive que fazer isso, afinal, a vida adulta, infelizmente é assim, exigente do nosso tempo.

Muita coisa aconteceu.

Vida Profissional

Entrei em crise profissional. Estou insatisfeita com o trabalho, com o salário que estou recebendo. Me formei em 2012, mas resolvi que quero fazer faculdade novamente. Não tenho mais tempo nem paciência para enfrentar o vestibular tradicional, Enem e aquelas provas gigantescas. Já passei por isso. Me inscrevi em uma faculdade particular (perto de casa) com matrícula de portador de diploma. Por azar, não formou turma.

Ainda sobre o trabalho, houve uma alteração nas regras do firewall, logo, postar no blog ficou quase impossível. Em casa, eu dou preferência aos cursos e um pouco de video game, mas há bastante serviço de casa para fazer no dia a dia.

Fiz alguns cursos online, complementando minha carreira. Estou começando a selecionar novos cursos para complementar as disciplinas da nova faculdade, que por sinal, ainda não começou.

Rotina de Beleza

Sobre a dieta, anda bem, obrigada. Estou longe da minha meta ainda, mas já com 52Kg! São 11Kg a menos desde o início do blog! Não estou mais na neurose de contar carboidratos, e estou até um pouco mais liberal. Não tive mais a companhia da Mia, nem nos dias em que eu escapava bonito da dieta. Recomendo totalmente a dieta Low Carb a todas. Come-se bem, sem culpa e emagrecendo bastante.

Ainda não consegui voltar para a academia, e comecei a correr cada vez menos. Estou exausta com tanta atividade. Entrarei de férias na próxima semana e me prometi que voltarei para a academia e para a dança do ventre, pelo menos.

Meus cabelos andavam meio detonados, então abandonei o cronograma capilar fixo. Estou fazendo os tratamentos conforme necessário. Faço o teste de porosidade e então avalio qual máscara utilizar. Continuo seguindo a técnica Low Poo / No Poo, tentando ao máximo fazer o Co-Wash, mais que Low Poo.

Estou me esforçando para manter uma rotina de beleza para a pele. Descobri que o Lauryl Sulfate, componente comum em shampoo, sabonetes, pasta de dentes, etc, estava me causando alergia, e por mais que eu cuidasse da pele, continuava com um aspecto ruim. A lógica é procurar produtos com componentes permitidos no Low Poo/No Poo apenas, aplicando para pasta de dentes, sabonetes, hidratantes, etc. Estou me livrando dos produtos aos poucos.

Novas metas

Me prometi que leria mais esse ano. Pelo menos 1 livro por mês, mas aviso desde já, que atingi a meta do ano inteiro em menos de 1 mês. Baixei os livros da série Rosemary Beach (14 volumes) e adorei. Como gostei, li os 14 e então baixei a série Sea Breeze (8 volumes), da mesma autora, mas não curti tanto quanto a série anterior.

Também me prometi que produziria menos lixo. É justo. Comecei comprando uma composteira (ainda não chegou) para fazer a compostagem doméstica e comprei também absorventes ecológicos (Korui) e um coletor menstrual (Fleurity). O próximo passo e eliminar o detergente, substituindo por sabão de coco.

Sobre o meu corpo, decidi colocar o DIU de cobre. Apesar de estar em idade reprodutiva, não ter filhos, etc, optei por esse método justamente pela ausência de hormônios. Tive problemas com o meu anticoncepcional, fui orientada pela ginecologista para trocar pelo adesivo, que me deu uma puta reação alérgica, retornei para o anterior, e aí, conversamos e ela concordou. Estarei no próximo mês no consultório, após os exames, para a colocada do dispositivo.

Estou decidida também a parar de roer as unhas e cuidar melhor delas. Estou reparando que estão mais duras (acredito que pela qualidade da alimentação, que melhorou muito) e menos quebradiças. Vou aproveitar e e recomeçar os cuidados com as unhas.

Situação Financeira

Estou dura! Muito dura. Tive gastos imprevistos com coisas da casa. Minha máquina de lavar quebrou, tive que comprar outra. Minha roupa está acumulando.

Minha casa está aos poucos sendo mobiliada. Ganhei um sofá (todo detonado) da minha irmã e preciso chamar um estofador para deixar ele lindo. Minha sala quase tem cara de sala. Falta tv e hack.

Tenho ainda que por tela nas janelas da casa (não aguento mais o calor e os gatos já conseguem pular) e trocar o piso.



To ferrada, mas tô de volta!



segunda-feira, 16 de janeiro de 2017

Menos rótulos, por favor!

Um convite à reflexão!

O início: A Revolução Industrial

A Revolução Industrial foi o marco da praticidade nos lares. Ainda de forma rudimentar, o sistema de produção foi se tornando cada vez mais ágil e barato, sobretudo a partir do século XVIII. Foi-se descobrindo aos poucos substâncias, meios de produção diferentes, e aos poucos, reduziu-se a necessidade de mão de obra.
Em todos os ramos de produção, os meios artesanais foram sendo substituídos pelas linhas de produção, pelo processo de automação e pela formulação química cada vez mais agressiva dos produtos manufaturados.

A Indústria Alimentícia

Esse assunto muito nos interessa. A forma do ser humano se alimentar mudou muito através dos milênios. Biologicamente falando, comemos o que não temos capacidade de digerir. Esse assunto já foi tratado anteriormente aqui no blog, e sem mais delongas, ficam os links caso queira se aprofundar: http://colardeossos.blogspot.com/2016/10/como-funciona-dieta-low-carb-hora-de.html | http://colardeossos.blogspot.com/2016/11/eles-estao-entupidos-de-carboidratos.html.
Chegando ao ponto que interessa...
Fora os alimentos que não estamos geneticamente preparados para consumir, como os lácteos, grãos, cereais e legumes (e que hoje fazem parte da base alimentar no planeta terra), a indústria nos empurra diversos compostos químicos desconhecidos em forma de conservantes, estabilizantes, edulcorantes, corantes, etc.
Na produção do leite, por exemplo, estão envolvidos no processo, produtos químicos para tratar bactérias e fungos, cicatrizantes e hormônios, além dos produtos adicionados para conservar, manter textura, aroma, sabor e render mais (leia-se caso da soda cáustica e outros produtos proibidos nos alimentos).
O fato é que, a industrialização trouxe diversos benefícios à praticidade, mas diversos malefícios à saúde. Experimente pegar um produto industrializado qualquer e ler os ingredientes de forma não muito atenta: as palavras que não conhecer, gaguejarás ou lerás errado. Esses ingredientes podem ser os responsáveis pelas diversas doenças degenerativas e sem explicação. E mesmo assim, continuamos consumindo os produtos industrializados pela praticidade e conveniência.

A Indústria Cosmética

Esse assunto foi amplamente abordado no seguinte post: http://colardeossos.blogspot.com/2016/10/nos-envenenamos-lentamente-todos-os-dias.html. Sugiro leitura para aprofundamento.
A indústria dos cosméticos também facilitou muito a vida das pessoas vaidosas. Muitas das receitinhas caseiras se perderam desde que o processo tornou os produtos atrativos ao mercado consumidor. E para baratear, render e durar, ter aroma agradável e textura sedosa, investiu-se na aplicação de diversos químicos cancerígenos.
Este foi um dos fatores que me levaram a fazer as técnicas Low Poo/No Poo e Co-Wash nos meus cabelos. E aos poucos, comecei a procurar produtos que fizessem menos mal para a pele como um todo (sabonetes, maquiagens, pinturas para unhas, etc).

A Indústria Farmacêutica

Essa ganha milhões em conchavo com as outras duas citadas. É receitado remédio para doenças que podem ser curadas com a alteração da alimentação ou inclusão de uma carga de exercícios. A comida e os cosméticos nos adoecem pouco a pouco, e os tratamentos cada vez mais avançados (e caros), acompanham as novas descobertas científicas.

A Indústria e a Saúde

Há diversas alternativas (abafadas diariamente pela mídia) para mudar esse paradigma. Diversos grupos sociais (marombeiros, bichos-grilo, meditadores, etc) vem incentivando as pessoas ao redor a consumir menos produtos industrializados, observando que há impacto direto na saúde e bem estar.
A alimentação saudável, dada através do consumo da "comida de verdade", o menos processada possível, abriu caminhos para novos desbravamentos. O consumo de menos shampoo, menos sulfato, menos sabonetes abre caminho para um novo olhar: Menos rótulos, menos embalagens, menos produtos químicos, e por aí vai.

Disse e me disse

A indústria (as três) sempre culpou a alimentação. O vilão, hora é o ovo, e logo mais tarde é o tomate. Nunca é o processo de fertilização ou controle de pragas o culpado pela contaminação dos organismos com substâncias cancerígenas. Ou o inocente shampoo, entupido de Lauril Sulfate. A causa é sempre algum componente natural, consumido desde que o mundo é mundo, sem o registro alarmante do aumento de casos graves de doenças coronárias, neurológicas, endócrinas...
E assim, a culpa torna-se única e exclusivamente do  consumidor, que não consumiu os produtos orgânicos, que não tomou a vacina de boa procedência, que contaminou o solo com a coleta mal feita do lixo realizada pelos municípios. E assim a história medíocre da evolução industrial vai se isolando da realidade criada para manter lucros com as doenças criadas, as dietas que não resolvem nada, e os produtos de beleza para esconder que algo anda errado.

Menos rótulos, por favor!

Esse post é um convite à reflexão: essa praticidade vale a pena? Meu corpo está ganhando algo com esse consumo exacerbado de produtos industrializados?

Decidi que minha vida será o menos industrializada possível ainda no ano passado. Prometi a mim mesma que reduzirei o consumo de materiais descartáveis, volume do lixo, etc. Faço um bem a mim mesma, à humanidade.



quarta-feira, 19 de outubro de 2016

Nos envenenamos lentamente todos os dias

O uso indiscriminado de produtos tem consequências imprevisíveis. Absorvemos diversas substâncias tóxicas diariamente de forma direta (ingestão, absorção epitelial, etc.) e de forma indireta (contaminação de água, solo).

Perigo para o organismo

Segundo pesquisa inglesa, as mulheres se expões no total a 515 substâncias químicas diariamente com cuidados pessoais: do creme dental ao sabonete de banho, passando pelo desodorante e perfume.

Cada vez mais, a preocupação com a toxidade dos produtos químicos tem levado o consumidor a procurar uma forma mais consciente de utilizar tais produtos. Dentre os principais componentes químicos a evitar, estão os sulfatos, parabenos e petrolatos (produtos cancerígenos presentes na maioria dos produtos de beleza, principalmente em shampoos, sabonetes e condicionadores). Outro produto preocupante são os metais pesados, como chumbo, presente em corantes de esmaltes  para unhas (também possuem ftalato, substância associada à malformação e ao desenvolvimento das crianças, igualmente encontrados em sprays capilares) e maquiagens. O alumínio está presente nos sprays.

Ser exposto a tantos compostos estranhos à pele e ao organismo pode ter um custo à saúde. A pele é um órgão super absorvente, sem capacidade de filtrar a substância que entra em contato. Os cosméticos têm a capacidade de se acumular na pele. Quanto mais usamos, mais absorvemos seus compostos.

Segundo um estudo do Instituto de Segurança e Saúde Ocupacional dos Estados Unidos, dos três mil produtos sintéticos usados em cosméticos, 900 são tóxicos e não deveriam ser consumidos, entre eles o alumínio, a amônia, o chumbo, o clorofórmio, os conservantes, os corantes artificiais, o ftalato, o mercúrio, óleos minerais, os parabenos, petrolatos, sulfatos.

Alguma vez você já se perguntou por que recomenda-se que gestantes e lactantes não se exponham a determinados produtos (privam-se da pintura dos cabelos, esmaltes de unhas, entre outros)? Óbvio, pois prejudica o feto. Mas isso apenas confirma o efeito super absorvente da pele e o efeito cumulativo dos produtos em nossos organismos.



Perigo para a natureza

A produção industrial gera resíduos que são despejados diretamente na natureza, após tratamento ineficaz. Ainda sobre a natureza, a contaminação de solos, águas de rios e lençóis freáticos não é exclusividade do setor industrial. A agricultura latifundiária é responsável pela contaminação do meio ambiente por pesticidas e fertilizantes, que chegam ao nosso organismo através da ingestão de resíduos químicos em alimentos. 

O uso de produtos de origem animal em cosméticos é muito mais comum do que imaginamos: o colágeno é extraído da pele e medula de animais, principalmente suínos. A criação de animais de pastoreio exige uma grande área pastada, sem cobertura vegetal relevante, que contribua com a recuperação ambiental. Utilizam-se ainda extratos placentários (líquido amniótico), células tronco, células vivas e DNA, esperma, glândulas e sulcos glandulares (como o ácido hialurônico), gordura, elastina (em animais jovens), e até o vômito (o de baleia é matéria prima para os fixadores de perfume). Além disso, diversas produtoras de cosmético realizam os testes em animais antes de iniciar testes dermatológicos em humanos. Mas esse detalhe não é privilégio das indústrias cosméticas: a indústria farmacêutica tem grande participação nisso.


Histórico do uso dos cosméticos

Você já se perguntou como as pessoas lavavam os cabelos antes de existir o shampoo?  E quando a industria resolveu produzir cosméticos, o que existia? Para isso, talvez seja interessante saber um pouco da história dos cosméticos (se não se interessar, pule o texto em cinza).

Registros históricos apontam que a 30 mil anos os humanos já pintavam o corpo e se tatuavam, usando terra, casca de árvores, seiva de folhas e orvalho. O asseio corporal foi identificado em escavações arqueológicas na Mesopotâmia, mas tudo indica que os egípcios que difundiram o costume de utilizar produtos cosméticos (óleo de castor como balsamo protetor, sabão perfumado a base de cinzas e argila, khol - avô do lápis de olho - feito de minério, extratos vegetais, etc.). Na Grécia antiga, os banhos eram valorizados e já se usavam cremes hidratantes a base de uma mistura de cera de abelha, óleo de oliva e água de rosas.

Na Idade Média, o rigor do cristianismo reprimiu a prática higiênica e atos que exaltassem a beleza, sob pena de punição por vaidade (um dos pecados capitais). Difundia-se o conhecimento de que os males do corpo só poderiam ser curados com a intervenção divina, e assim o uso de cosméticos desapareceu completamente. As pessoas tomavam um banho por ano nesse período: a higiene pessoal resumia-se a lavar as mãos e o rosto antes das refeições e limpar os dentes com um pano. Acreditava-se nessa época que a água deixaria a pele suscetível a doenças, já que abriria os poros, permitindo a entrada de doenças. No entanto, os países da Península Ibérica (Portugal e Espanha) mantiveram os cuidados pessoais por influência dos Muçulmanos, que invadiram e ocuparam a região.

No século XIX, os cosméticos retomaram a popularidade. Eles ainda eram feitos em casa, e cada família tinha suas receitas favoritas para preparar sabonetes, água de rosas e creme de pepino. Na década de 1870 a lanolina purificada e a vaselina foram introduzidas nas fórmulas de cremes. Após a Segunda Guerra, quando as mulheres se inseriram em larga escala no mercado de trabalho, os cosméticos passaram da produção caseira para fabricação em quantidades maiores,já que elas não tinham mais tempo para produzi-los em casa. Paralelamente a esse fator, o progresso tecnológico e os conhecimentos científicos contribuíram decisivamente para o desenvolvimento de numerosas fórmulas de preparações mais eficientes e baratas


A Indústria Cosmética no Brasil se iniciou em 1801, com o funcionamento de fábricas de sabão, de modo a evitar a importação de artigos caros. Quando a Família Real Portuguesa se mudou para o Brasil, trouxe os costumes copiados dos franceses, como o uso de perfumes. Assim surgiram as perfumarias. Começaram a ser vendidos (a um custo muito elevado) produtos como essências, sabonetes, escovas, esponjas, adornos de toucador, vidrinhos de cheiro, espelhos, perucas, tinturas e cosméticos e o pó de arroz. Até o fim da década de 1880, as casas -em sua maioria -não tinham banheiros e não existia um uso intenso de produtos de beleza.

Só depois das Primeira e Segunda Guerra Mundial que houveram grandes mudanças na forma de consumo dos produtos cosméticos: tomou-se uma nova noção de asseio e limpeza corporal alavanca a produção e o consumo de um número sempre crescente de cosméticos e produtos de higiene. O surgimento da rádio e posteriormente da TV contribuiu para a popularização dos novos hábitos e promoção dos produtos cosméticos. 

Alternativas naturais

A preocupação com a saúde e o meio ambiente, as pessoas tem resgatado as receitas de família do século XIX, ou se baseando em costumes tribais e de civilizações que preservam o conhecimento e costumes tradicionais. A redução do uso de produtos químicos estão sendo cada vez mais frequentes, iniciada pela corrente low poo/no poo e produtinhos vegan. As receitas caseiras das nossas avós estão voltando a circular. 

Receitas utilizando glicerina ou glicerol (liquido viscoso, sem cor e nem cheiro, que pode ser diluída em agua ou álcool, menos no óleo. Ver http://www.comicb.com/como-fazer-glicerina-vegetal-cara-soap/) permitem que você possa fazer em casa um sabão artesanal sem sulfato (o sulfato é usado apenas para produzir espuma e retirar excessivamente o óleo natural. A glicerina por si é limpa e hidrata a pele e cabelos). Também dá para lavar os cabelos com vinagre e bicarbonato de sódio (ainda não tive coragem de testar) e condicionar cabelos com babosa (aloe vera) ou iogurte (já testei a hidratação de iogurte natural, a umectação com óleo de coco e a reconstrução capilar com gelatina).

Ainda há a vertente dos que querem produzir a própria comida além dos produtos de cuidados pessoais (iniciei uma hortinha em julho, em casa e venho me esforçando para que ela cresça e eu possa colher pelo menos meu alface e temperinhos e tenho feito meu iogurte natural e coalhada em casa).

Produtos caseiros (do tempo da minha bisavó) para cuidados pessoais

Para os cabelos:
  1. Bicarbonato de sódio (lavar) e vinagre maçã (condicionar)
  2. Sabão de cinzas, argila ou glicerina (lavar cabelos e corpo)
  3. Gel de babosa, quiláia, erva sabão ou juá (similar ao co wash)
  4. Máscara de iogurte natural e mel (hidratação capilar)
  5. Máscara de frutas (hidratação capilar)
  6. Umectação de óleos vegetais (nutrição capilar)
  7. Gelatina (Reconstrução capilar) - Não é vegana. Produto de origem animal.
  8. Ovos (Reconstrução capilar) - Não é vegana. Produto de origem animal.
  9. Vinagre de maçã (Reconstrução capilar) 
Para o corpo:
  1. Sabão de cinzas, argila ou glicerina (lavar cabelos e corpo)
  2. Glicerina (hidratação cutânea)
  3. Iogurte natural (hidratação cutânea) - Não é vegana. Produto de origem animal.
  4. Emplastro de ervas e pepino (hidratação)
  5. Sal grosso (esfoliação)
  6. Sementes moídas (esfoliação)
  7. Argila hidratada (hidratação e esfoliação)
Para a saúde bucal
  1. Água Oxigenada (anti-séptico)
  2. Cúrcuma + óleo de coco (substitui pasta de dentes)
  3. Sal grosso (anti-séptico)
Desodorantes naturais e perfumes
  1. Desodorantes Caseiros - Receitas em http://melhorcomsaude.com/fabricar-desodorante-natural/
  2. Óleo essencial + água + álcool (Perfume natural) 

segunda-feira, 22 de agosto de 2016

Low Poo / No Poo / Co-Wash








Saindo um pouco do foco das dietas, resolvi falar sobre a minha experiência com essas técnicas.

Meu cabelo é ondulado, com o fio fino. Arma com facilidade e fica indefinido: nem liso nem cacheado. Costuma ficar oleoso com facilidade e tenho um sério problema com a caspa nervosa. As vezes secava o cabelo com o secador só pra dar aquele brilho e deixar ele um pouco mais disciplinado.

Ou melhor, meu cabelo era...

Aboli o shampoo comum da minha vida. Andei pesquisando sobre as técnicas na internet e resolvi tentar. Comprei um kit liberado para a técnica, me livrei dos shampoos e condicionadores antigos e iniciei o Low Poo / No Poo (foto do kit abaixo) e comecei a sentir melhora nos fios. Inicialmente fiz a compra por R$29,90, mas o preço subiu bastante.


Ainda pesquisando sobre as técnicas, me bati com as instruções de uso do Co-Wash. Eu só pensava que daria merda. Passei algum tempo atribuindo a oleosidade do meu cabelo ao uso de condicionadores, inclusive abandonei o uso durante algum tempo. Durante as buscas pela internet, vi que um creme tradicional que minha mãe sempre usou era adequado para a técnica. E custa bem barato. A embalagem de 1L (900g) custa R$15,00.


Ele tem diversos tamanhos e diversas embalagens. Lavar os cabelos com ele (tem as instruções no verso de como utilizar) sai bem barato. E o cabelo ficou lindo. A caspa acabou. E fazendo esse post, descobri a embalagem de 4,5L


A descoberta do ano que mudou meus cabelos. Eu adorei.
E você, já tentou?

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