O início: A Revolução Industrial
A Revolução Industrial foi o marco da praticidade nos lares. Ainda de forma rudimentar, o sistema de produção foi se tornando cada vez mais ágil e barato, sobretudo a partir do século XVIII. Foi-se descobrindo aos poucos substâncias, meios de produção diferentes, e aos poucos, reduziu-se a necessidade de mão de obra.
Em todos os ramos de produção, os meios artesanais foram sendo substituídos pelas linhas de produção, pelo processo de automação e pela formulação química cada vez mais agressiva dos produtos manufaturados.
A Indústria Alimentícia
Esse assunto muito nos interessa. A forma do ser humano se alimentar mudou muito através dos milênios. Biologicamente falando, comemos o que não temos capacidade de digerir. Esse assunto já foi tratado anteriormente aqui no blog, e sem mais delongas, ficam os links caso queira se aprofundar: http://colardeossos.blogspot.com/2016/10/como-funciona-dieta-low-carb-hora-de.html | http://colardeossos.blogspot.com/2016/11/eles-estao-entupidos-de-carboidratos.html.
Chegando ao ponto que interessa...
Fora os alimentos que não estamos geneticamente preparados para consumir, como os lácteos, grãos, cereais e legumes (e que hoje fazem parte da base alimentar no planeta terra), a indústria nos empurra diversos compostos químicos desconhecidos em forma de conservantes, estabilizantes, edulcorantes, corantes, etc.
Na produção do leite, por exemplo, estão envolvidos no processo, produtos químicos para tratar bactérias e fungos, cicatrizantes e hormônios, além dos produtos adicionados para conservar, manter textura, aroma, sabor e render mais (leia-se caso da soda cáustica e outros produtos proibidos nos alimentos).
O fato é que, a industrialização trouxe diversos benefícios à praticidade, mas diversos malefícios à saúde. Experimente pegar um produto industrializado qualquer e ler os ingredientes de forma não muito atenta: as palavras que não conhecer, gaguejarás ou lerás errado. Esses ingredientes podem ser os responsáveis pelas diversas doenças degenerativas e sem explicação. E mesmo assim, continuamos consumindo os produtos industrializados pela praticidade e conveniência.
A Indústria Cosmética
Esse assunto foi amplamente abordado no seguinte post: http://colardeossos.blogspot.com/2016/10/nos-envenenamos-lentamente-todos-os-dias.html. Sugiro leitura para aprofundamento.
A indústria dos cosméticos também facilitou muito a vida das pessoas vaidosas. Muitas das receitinhas caseiras se perderam desde que o processo tornou os produtos atrativos ao mercado consumidor. E para baratear, render e durar, ter aroma agradável e textura sedosa, investiu-se na aplicação de diversos químicos cancerígenos.
Este foi um dos fatores que me levaram a fazer as técnicas Low Poo/No Poo e Co-Wash nos meus cabelos. E aos poucos, comecei a procurar produtos que fizessem menos mal para a pele como um todo (sabonetes, maquiagens, pinturas para unhas, etc).
A Indústria Farmacêutica
Essa ganha milhões em conchavo com as outras duas citadas. É receitado remédio para doenças que podem ser curadas com a alteração da alimentação ou inclusão de uma carga de exercícios. A comida e os cosméticos nos adoecem pouco a pouco, e os tratamentos cada vez mais avançados (e caros), acompanham as novas descobertas científicas.
A Indústria e a Saúde
Há diversas alternativas
A alimentação saudável, dada através do consumo da "comida de verdade", o menos processada possível, abriu caminhos para novos desbravamentos. O consumo de menos shampoo, menos sulfato, menos sabonetes abre caminho para um novo olhar: Menos rótulos, menos embalagens, menos produtos químicos, e por aí vai.
Disse e me disse
A indústria (as três) sempre culpou a alimentação. O vilão, hora é o ovo, e logo mais tarde é o tomate. Nunca é o processo de fertilização ou controle de pragas o culpado pela contaminação dos organismos com substâncias cancerígenas. Ou o inocente shampoo, entupido de Lauril Sulfate. A causa é sempre algum componente natural, consumido desde que o mundo é mundo, sem o registro alarmante do aumento de casos graves de doenças coronárias, neurológicas, endócrinas...
E assim, a culpa torna-se única e exclusivamente do consumidor, que não consumiu os produtos orgânicos, que não tomou a vacina de boa procedência, que contaminou o solo com a coleta mal feita do lixo realizada pelos municípios. E assim a história medíocre da evolução industrial vai se isolando da realidade criada para manter lucros com as doenças criadas, as dietas que não resolvem nada, e os produtos de beleza para esconder que algo anda errado.
Menos rótulos, por favor!
Esse post é um convite à reflexão: essa praticidade vale a pena? Meu corpo está ganhando algo com esse consumo exacerbado de produtos industrializados?
Decidi que minha vida será o menos industrializada possível ainda no ano passado. Prometi a mim mesma que reduzirei o consumo de materiais descartáveis, volume do lixo, etc. Faço um bem a mim mesma, à humanidade.